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Sobre o Medo



O medo nos paralisa diante de situações e não sabemos exatamente o porquê, quais razões nos levam a sentir tão profundamente essa emoção em determinadas situações, mas o nosso inconsciente sabe e tem vários motivos para isso. Vou relatar minha própria experiência com a situação mais forte do medo e seus reflexos na minha vida.


O ano era 891 D.C, nas ilhas britânicas, eu era uma menina órfã de 9 anos de idade. O lugar que eu vivia foi atacado por vikings e um dos vikings me estuprou (tinha cara de que tinha por volta dos seus 40 e poucos anos), fez rasgos com faca na minha vagina para acomodá-lo melhor e ao final ainda defecou e inseriu as fezes no meu canal vaginal, me deixando ali para morrer.


Depois disso, quando os guerreiros vikings já haviam saído de lá, apareceu um lobo (meu amigo, ele cuidava de mim) e eu o pedi encarecidamente que me matasse, para acabar com o sofrimento. O lobo então mordeu meu pescoço, na carótida, e eu agradeci pela morte mais rápida.


Essa memória me acompanhou até o ano de 2015, ou seja, foram 1.124 anos em que meu subconsciente guardou essa mensagem, de que deveria temer praticamente TODOS os homens mais velhos. Eu me lembro claramente dos meus próprios 9 anos de idade na encarnação presente, como eu de fato tinha certa paranoia de que seria molestada sexualmente. Até antes de chegar na vida que vi na regressão, conversando com homens mais velhos eu também mantinha sempre um certo pé atrás, como se a qualquer momento ia dar uma coisa neles e eu seria abusada sexualmente. O grande problema nisso tudo é que mesmo sem lembrar, sob o véu do esquecimento, aquela vida me afetava e muito, todos os dias, me mandando a mensagem de ter sempre desconfiança, tendo ou não motivo, me causando verdadeiro pânico por um ano inteiro da minha vida (quando de fato eu não tinha maturidade nenhuma para saber a verdade, para lidar com aquilo, por isso também entendo a importância do véu do esquecimento, serve para nos proteger até o momento em que estamos hábeis a lidar com a carga emocional das nossas vidas passadas).


Fui ressignificar. Antes da invasão, eu como sou agora fui avisar e tirar aquela menina de lá, levá-la para um lugar pacífico, onde ela pudesse crescer e encontrar felicidade, aprender um ofício, enquanto eu a protegia (uma coisa que precisa ficar claro é que suas memórias no inconsciente são que nem a Matrix, tudo é possível, principalmente se você tem noção disso, que ali pode fazer qualquer coisa).


Foi introduzido para a menina, que naquela altura virou uma jovem moça, alguém bacana para ela não ficar sozinha na vida, construir uma família, mas mesmo assim ela não queria ficar com essa pessoa (um rapaz sem rosto que não é sempre que o povo tem rosto não, depende de cada pessoa a capacidade de reconhecer os rostos) porque o lobo era importante. O lobo aparecia e ela/eu (a perspectiva mudou para 1ª pessoa) ia correndo atrás do lobo e ele queria ir embora para deixar ela ser feliz, mas ela/eu não aceitava, tinha que ter o lobo do lado, até o momento em que o lobo cedeu e ela/eu viveu com o lobo até os últimos dias dele (o que não demorou muito porque o bichinho já era velhinho). Tudo isso porque o lobo era outro ser em ascensão que estava encarnado como animal (acontece minha gente, principalmente para empoderamento após vidas humanas conturbadas, existem relatos no espiritismo também) e era uma alma afim.


Depois disso, ela/eu voltava para o lugar pacífico e bom que tinha crescido após a alteração, mas o rapaz bacana tinha casado com outra, a razão veio muito clara na hora “ninguém espera por mim” – mas isso virou tema de outra regressão.


Sobre essa finalização, é possível sim ir atrás das razões que surgem para determinada coisa, sentimento, que estejam ainda em outra vida, o que leva ao que denomino como “pulo” – quando na mesma sessão vai em mais de uma vida passada, porque a ideia é encontrar as razões, os sentimentos e sensações originais, pois resolvendo a primeira mesmo é como se fosse um efeito dominó, situações que de alguma forma remeteriam à situação original não possuem mais a carga emocional.


Assim, ao retirar esse trauma associado a essa vida em questão, eu não tive mais a mesma paranoia ao conversar com homens mais velhos, ao estar sozinha no mesmo ambiente, porque eu retirei o trauma que guardei no meu inconsciente – que já tinha servido ao seu propósito, até mesmo porque nada acontece por acaso e nada acontece sem o acordo dos envolvidos na situação, mas ainda assim carregamos a bagagem junto com os ensinamentos, coisas que vão além do que foi aprendido e são verdadeiras cicatrizes que nos impedem de ter um desenvolvimento mais pleno como seres, porque não se enganem, há apego também no sofrimento e na dor, e a cada apego, fica mais longe a perspectiva de ascender da Terra.


Por isso é tão importante soltar as bagagens, da melhor maneira possível que encontrem, por mais que elas sejam dolorosas, até porque se não é algo que a pessoa não esteja preparada para ver, não vai se mostrar se for num processo em que se esteja mais consciente ou pode liberar a energia armazenada no subconsciente. O importante é enxergar e lidar com amorosidade em relação a essas velhas feridas.

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