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Sobre o Amor Próprio 2



Atendi uma mulher de 27 anos que não se sentia confortável estando só, como se todos a julgassem por estar num ambiente público sozinha, como uma praça de alimentação, um shopping, ou um evento público. Pude perceber que ela não se sentia bem em verdade por estar acompanhada apenas de si mesma.


Fizemos a regressão e veio uma situação da vida presente dela, portanto foi feita uma reprogramação mental para ela estar bem com a própria companhia.


Ainda na infância, nas imagens que apareceram, ela se via uma criança isolada, que ninguém chamava para brincar e isso a entristecia. Era filha única, de pais mais velhos, então havia uma maior proteção enquanto menina, mas isso não era tudo.


Ali, observando as outras crianças brincarem, ela relatava que ninguém queria incluí-la nas brincadeiras, que os outros eram cruéis por lhe isolarem, até que viu o que fazia quando criança e tinha esquecido. Zombava dos outros, batia, mas ao final se sentia só.


Para reconstruir essa situação, trouxemos a adulta para brincar com a criança, mostrar-lhe amor, pedir perdão e perdoar, mostrar a pessoa que ela iria se tornar quando crescesse, para a criança sentir-se bem com ela mesma e agir de maneira diferente com os outros.


Ao final, ela quando menina foi para o lado das outras crianças com uma atitude totalmente diferente e, a partir daquele momento, estava bem com quem era na infância, podia ter amor próprio novamente. Como resultado para a adulta, não houve mais a sensação incômoda de estar sozinha em lugares públicos, pois ela passou a sempre estar acompanhada de uma pessoa muito amada e querida: ela mesma.


A presença do amor próprio nos faz gostar de nós mesmos, principalmente nos fazer dizer não para aquilo que não nos faz bem, nos faz dar de nós mesmos sem sentir culpa, pois tão importante como amar o próximo é amar a si mesmo, pois só podemos dar aquilo que temos, se não temos amor nem por nós mesmos, como podemos ter amor verdadeiro (aqui digo incondicional) também pelo outro? Sem amor próprio, o amor ofertado aos demais acaba sendo condicionado a seu reconhecimento em algum momento, por mais que pareça que amemos sem pedir nada em troca, pois caso esse amor seja desprezado, escanteado, não seja dado o devido valor, pode gerar ressentimentos e mágoas.


Estando conectado com o amor próprio, incondicional, a prática do amor incondicional, sem expectativas, sem necessidade de receber algo em troca, se torna cada vez mais alcançável, porque já se recebe também este tipo de amor, de si mesmo, da centelha divina que habita em cada um de nós. Mesmo que não haja limite para receber amor incondicional, tampouco limitação de fontes, ainda assim receber este amor de si mesmo, do Deus interno que habita dentro de cada um de nós, sem sombra de dúvidas nos fortalece e facilita o caminho do autoconhecimento e evolução, como pessoa e espiritual.


E você? Sente que lhe falta amor próprio? Marque uma sessão, investigue, conhece-te a ti mesmo.

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